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O Preço da Vitória


O vi caminhando com o coração partido ao redor de seus edifícios em ruínas daquela antiga cidade. Um espectador silencioso observando seu próprio palácio destruído. Seus gritos desolados destroçavam o silencio. Somente eu podia ouvir sentir, acariciar seus sonhos já despedaçados. Minhas lagrimas eternas rasgavam a pele em meu próprio desespero embaixo de uma chuva de ideais mortos e pedaços de orgulho sem sentido. Eu o observava em sua grande derrota, enquanto ele experimentava o doce licor de seu próprio veneno. Cego, perdido em meio a sua delirante ilusão, seus desejos de ambição provocaram a guerra final, seus edifícios desgastados caiam a seus pés entre a bandeira rasgada e seu império destruído. Ruínas, esse era seu novo templo! Desviei o olhar, incapaz de suportar tanta destruição. Havia-lhe entregado minha devoção. Meus ideais foram pisoteados, a gloria perdida de um sonho compartilhado. Mas agora, diante de sua decadência, seus deuses o haviam abandonado, e entre gritos de dor, estendi a bandeira do triunfo, paguei com lágrimas o preço da vitória. Retirei-me com alma em pedaços e sumi na escuridão, de onde jamais pude regressar...

Mari de Souza:
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Sou a luz acesa que não brilha. A presença distante. O vociferar do silêncio. A derrota triunfante. Sou o calor polar. O iceberg desértico. O ruído mudo. O sóbrio embriagar. Porque tudo tem o seu lado bom e mau. Porque tem de haver um equilíbrio. Nada é perfeito. Nada ao acaso é feito.Matéria é imperfeição...

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