
Quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre a sonhar.
Viu uma lua no céu, viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu, banhou-se toda em luar.
Queria subir ao céu, queria descer ao mar.
E, no desvario seu, na torre pôs-se a cantar.
Estava perto do céu, estava longe do mar.
E como um anjo pendeu, as asas para voar.
Queria a lua do céu, queria a lua do mar.
As asas que Deus lhe deu, ruflaram...
